História
Em 1902, o Sr. Antonio Flor de Araújo comprou, no local onde hoje existe a cidade de Montadas, uma légua de terra, ao Capitão Floripes Coutinho, pela qual ele pagou 200 mil réis. Nesse período essas terras pertenciam ao município de Campina Grande.
Em 1917, ele a vendeu a Manoel Cirino Lira, com 12 vacas de bezerro e 60 criações caprinas; por 01 conto de réis. No mesmo ano, Manoel Cirino Lira funda a vila de Montada, o fundador que tendo comprado essas terras doou-as: parte aos seus familiares e parte ao patrimônio religioso, isto é, ao Sagrado Coração de Jesus, primeiro padroeiro da comunidade.
No ano de 1925 o mesmo construiu sua residência, onde no mês de março mandou celebrar a 1ª missa da comunidade, marcando esse ato a fundação do lugar. O Monsenhor João Coutinho distribui naquela missa o catecismo da Igreja Católica, aos primeiros habitantes, principalmente as crianças que lá havia. Durante um período de 06 anos foi-se celebrado missas na casa do Sr. Manoel Cirino Lira.
Em 1928, deu-se início a construção de uma capela neste localidade, num período de 02 anos suas obras ainda não estavam concluídas. Mesmo assim, teve sua 1ª Missa celebrada no dia de Natal, do ano de 1930.
Em 1º de agosto de 1928, chegou a essas terras a primeira 1ª professora, a Freira D. Auta de Araújo, que aqui lecionou durante 05 anos. Foi ela que plantou as primeiras sementes do saber nesta terra. Ela também foi professora do Emancipador da cidade, o Sr. Antonio Veríssimo de Souza.
Logo mais em 1931, termina-se a construção da capela sobre qual ficou exposta por ordem do vigário da paróquia.
No ano de 1934, o Pe. Manoel Costa trouxe para a capela da vila de Montada o bronze circular e mudou o padroeiro, de Coração de Jesus para São José, o qual veio em procissão da comunidade de Pocinhos (atual cidade de Pocinhos).
Quando o Sr. Manoel Cirino Lira comprou as terras onde hoje se localiza a cidade de Montadas, essas terras pertenciam ao município de Campina Grande. Em Janeiro de 1944, o prefeito da cidade de Campina Grande, Dr. Vergniaud Borborema Wanderley doou as terras ao então município de Esperança, onde junto com o prefeito de Esperança, Sebastião Vital decretaram sob lei a doação.
Em 1945 o Sr. Sebastião Flor de Araújo coloca Montada na sua primeira eleição, para decidir que seria o presidente do país.
No ano de 1947, o prefeito constitucional da cidade de Esperança Júlio Ribeiro da Silva, eleva a vila de Montada à categoria de distrito.
Limitado-se: ao Norte começando na Boca de Lagoa Salgada com destino a Lagoa de Marcella, por uma fluvial estrada que desde Catolé a Marcella em Manguape de baixo, ao Leste pela a estrada de Marcella a Campinote, ao Sul pela estrada fluvial e de transporte de São Sebastião de Lagoa de Roça a Lagoa do Açude, onde é o ponto de linha mais forte, por esta estrada este se limita ao Maxixe até o município de Puxinanã, de Maxixe até Maris Preto, com ele ainda é dividido ao Oeste com o Município de Pocinhos, pela estrada do Maris Preto a Lagoa de Dentro, até Lagoa Salgada ao Norte onde tudo começou.
Em 1948 o Governador Gaspar Dutra construiu um grupo escolar no ainda Distrito de Montada, com efeito do então prefeito da cidade de Esperança o Sr. Júlio Ribeiro da Silva.
Em 1951 disputaram as eleições na cidade de Esperança, Joaquim Virgulino da Silva, em litígio pleito contra Francisco Bezerra da Silva onde este venceu. Também na mesma eleição o distrito de Montada coloca um representante de seus direitos, na Câmara Municipal de Esperança, o Sr. Antonio Veríssimo de Souza, eleito vereador com 249 votos pelo PSD (Partido Social Democrático).
Em 12 de agosto de 1955 o senhor Antonio Veríssimo de Souza consegue se reeleger para a alegria do povo Montadense. Montadas continua com seu representante junto a Câmara Municipal.
No ano de 1959 em Esperança candidata-se para prefeito Pedro Mendes na UDN (União Democrática Nacional) contra o Dr. Arlindo Delgado pelo PSD (Partido Social Democrático) Antonio Veríssimo de Souza consegue o seu 3º mandato como vereador ficando na terceira suplência o candidato que nomeava José Cirino, o Sr. Antonio Liberato, seu genro e interventor correspondente ao seu mandato.
No dia 10 de dezembro de 1959, D. Josefa Tavares distinta parteira, foi nomeada parteira estadual, e no dia 7 de janeiro foi empossada prestando seu compromisso de parteira diplomata.
Em 1963, Antonio Veríssimo de Souza deixou de se candidatar a vereador, em se aventurar deixar passar esta eleição para prefeito, faturando o seu pensar, na então na emancipação de seu distrito. Nessa eleição em Esperança lutavam dois candidatos a prefeito, numa marcha aventureira Joaquim Virgulino da Silva e Luiz Martins de Oliveira onde este foi eleito prefeito com 1601 votos superiores. O Sr. Antonio Liberato consecutivo interventor ao partido derrotado onde na Câmara Municipal foi eleito vereador.
Para Montada se emancipar, pelos relatos oculares tais quais o próprio Antonio Veríssimo de Souza e outros homens daquele período que ainda se encontram vivos mencionaram, eram necessário para a independência do município, o mínimo de três ruas, o que foi ruim, pois Montada não tinha as mesmas. Tinha apenas uma rua longa, que a mesma se dividia em uma segunda rua, fazendo assim uma parábola.
Usando de sabedoria o Sr. Antonio Veríssimo de Souza dividiu uma única rua que é a PB-115 ligando a saída de Montadas para Areial com a saída de Montadas a Puxinanã em três ruas começando com a Rua Manoel Cirino Lira, em homenagem ao fundador da cidade; Rua Monsenhor Coutinho; a mais estreita das três, que é em homenagem ao primeiro padre honorário, e a Rua Manoel Pedro da Silva. A rua fazendo forma de parábola com a Manoel Cirino Lira e Monsenhor Coutinho recebeu o nome do padroeiro da cidade São José. Por trás da Rua principal Manoel Cirino Lira, onde na época avia apenas umas 4 (quatro) casinhas de taipa recebeu o nome de Rua João da Costa Brasil.
Com muitos esforços, e sacrifício o Sr. Antonio Veríssimo de Souza conseguiu o sonho dos montadenses, a Emancipação Política em 14 de outubro de 1963 pela Lei Estadual Nº 3088 do mesmo dia, assinada pelo Governador Pedro Moreno Gondim, com o apoio do Deputado Estadual Francisco Souto Neto. Com a emancipação o Sr. Antonio Veríssimo de Souza pediu ao então Governador para que a agora a então cidade, não se chama-se Montada, mais sim Montadas por motivo do próprio crer que a pronúncia no singular fosse muito vulgar. Então o Governador concordou e acrescentou um "S" passando assim para o plural Montadas.